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  • Foto do escritorDrº Emanuel Alves da Silva

SÍNDROME PÓS-TROMBÓTICO

O síndrome pós-trombótico ocorre em mais de um terço das pessoas que sofreram trombose venosa profunda. Saiba quais os sintomas associados e o seu tratamento.


O Síndrome Pós-Trombótico (PTS) é uma complicação a longo prazo que ocorre como consequência de uma Trombose Venosa Profunda (TVP) das pernas.

As veias das pernas possuem válvulas internas que permitem que o sangue flua de forma unidirecional de volta ao coração. A TVP representa um coágulo que obstrui a veia, danifica a sua parede e válvulas, provocando insuficiência/refluxo. Deste modo, o sangue deixa de seguir o sentido ascendente e fica acumulado nas veias mais inferiores.





Mais de um terço das pessoas que sofrem uma TVP desenvolvem PTS. O diagnóstico e tratamento imediato são necessários, de forma a melhorar o seu prognóstico.



Quais os sintomas associados?

A acumulação de sangue nas veias mais inferiores gera um aumento de pressão, provocando sintomas como peso, dor, cãimbras e edema/inchaço da zona mais inferior da perna. Esta pressão contínua e prolongada desencadeia uma inflamação sobre os tecidos e a pele, que se torna seca, dura, avermelhada/acastanhada e com prurido (comichão) associada. Trata-se de uma pele mais frágil e que facilmente desenvolve uma ferida com um pequeno trauma. Estas feridas são de difícil cicatrização, frequentemente sobre-infectam e constituem as designadas úlceras venosas. As úlceras ocorrem entre 5-10% dos doentes que desenvolvem PTS. Outra manifestação possível é o aparecimento de varizes.

O síndrome pós trombótico pode manifestar-se em alguns meses a anos após a TVP e os sintomas podem durar muitos anos ou o resto da vida. O PTS pode interferir com algumas das atividades habituais, como caminhar ou ficar de pé, e pode diminuir bastante a qualidade de vida.


Tratamento

A chave do tratamento está na prevenção!

Em primeiro lugar, reduzir o risco de ocorrência de TVP, identificando os doentes/situações mais suscetíveis e aplicando as medidas preventivas adequadas.

Em segundo lugar, prevenir o progressão para o síndrome pós trombótico após a ocorrência de uma TVP. Para tal, e na maioria das pessoas, é fundamental o uso de meia de compressão elástica (grau de compressão 30-40mmHg). Estas meias aplicam uma pressão graduada, maior ao nível dos tornozelos e que diminui à medida que se sobe na perna, o que melhora o fluxo sanguíneo e reduz a dor e o inchaço. Elevação dos membros quando em repouso ou a dormir também pode ajudar, assim como exercícios que envolvam a flexão do tornozelo ou o fortalecimento dos músculos “gémeos”. Os cuidados com a pele também são fundamentais, com uma boa higiene e hidratação.






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