Cardiac Surgery Expert
Director of Cardiology Dept at
St. Francis Hospital
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Doença Arterial Periférica
A doença arterial periférica (DAP) é uma doença em que existe uma obstrução no interior das artérias com diminuição do fluxo de sangue (isquémia) e afeta mais frequentemente os membros inferiores.
Trata-se de uma patologia semelhante à doença coronária e a sua presença aumenta o risco de enfarte agudo do miocárdio (EAM) e acidente vascular cerebral (AVC).
Tal como a doença coronária, a causa mais comum é a aterosclerose (deposição de gorduras na parede das artérias), para a qual contribuem os fatores de risco cardiovasculares típicos: tabagismo, diabetes, hipertensão arterial e hipercolesterolémia.
Sinais e Sintomas
Tipicamente, os doentes manifestam dor nos músculos das pernas quando caminham (claudicação), a qual pode tornar-se realmente incapacitante. Esta dor desaparece após alguns minutos de descanso e volta a ocorrer quando retomam a atividade, geralmente para distâncias semelhantes.
Se a doença progredir, a dor pode ocorrer até mesmo em repouso ou deitado e surgirem feridas nos pés de difícil cicatrização. Neste momento a viabilidade do membro está em risco e designamos este estadio de isquémia crítica. Outros sintomas associados são o arrefecimento do pé, alterações da sensibilidade (ardor, picadas, adormecimento), alterações da coloração e ausência de pulsos.
Como se diagnostica?
A maioria das situações são confirmadas pela realização da história clinica, exame físico e índice tornozelo-braço. Investigação adicional é recomendável quando existem dúvidas no diagnóstico, em população jovem e sem fatores de risco associados e nas situações de doença avançada com necessidade de intervenção cirúrgica. Para o esclarecimento adequado e planeamento do tratamento recorre-se à realização de eco-Doppler arterial, Angio-TAC ou angiografia.
Quais os tratamentos possíveis?
O tratamento da DAP centra-se na redução de sintomas e prevenção da sua progressão. Na maioria dos casos, alterações aos hábitos de vida com controlo dos fatores de risco cardiovascular, exercício e medicação específica são suficientes para reduzir a progressão ou até reverter os sintomas. Nas situações em que a doença se torna incapacitante ou crítica, poderá ser necessário intervir cirurgicamente de forma a restabelecer o fluxo de sangue, processo que se designa de revascularização. Atualmente, uma parte importante destes procedimentos são realizados por técnicas minimamente invasivas (procedimentos endovasculares).
Revascularização por bypass
Revascularização por via endovascular
A melhor forma de prevenir é manter um estilo de vida saudável, o que significa:
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Parar de fumar
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Praticar exercício regularmente(30-45 min várias vezes por semana)
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Se for diabético, manter a glicémia controlada
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Controlar os valores de colesterol e tensão arterial
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Comer alimentos com baixo teor de gordura saturada
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Manter um peso saudável.
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